Autor (a): R. C. Maschio
Número de páginas: 168 páginas
Editora: Expressão & Arte Editora
Gênero: Drama/Ficção
Edição: 1°
Ano publicação: 2018
Obra física já disponível na Amazon.
Livro: À Sombra do Jatobá. Recebido de cortesia pela autora parceira @romaschio, mais marcadores. Em breve, resenha!
Sinopse no verso do livro
" O cenário é uma fazenda de cana-de-açucar na Bahia, em tempos conturbados de Brasil escravocrata com lampejos de luz libertadora do final do século XIX. Nele desponta Ercília - mulher nascida brasileira, negra e cativa - a ama de leite Nanã - que se revela aos poucos e se completa, chegando a assumir o protagonismo ao lado de Teodora - menina e moça - cujos anseios, coragem e ações tornam-na uma mulher ímpar para a época.
Os embates contra o domínio patriarcal, a luta por melhores condições de vida para os escravos, o cotidiano da fazenda com seus segredos por vezes mal contidos, o sofrimento e o desejo de liberdade para amar e viver constituem a tônica dessa obra lindamente narrada com as cores da sensibilidade e da razão."
_texto por, Maria Alice M. de Godoy
Mestra em Letras pela UFPR
Sinopse Oficial na Amazon
Há livros e personagens que participam de muitos momentos de nossa vida, com quem dialogamos em silêncio, compartilhamos alegrias, frustrações, medos, ansiedades. E com quem, sobretudo, aprendemos. O que não é a escrita senão um compartilhar de experiências deste amadurecimento contínuo de que é feita a vida? Senão um exercício de alteridade, de humanidade? O livro de RC Maschio volta cerca de 140 anos no tempo, exorcizando fantasmas que insistimos em manter colados à nossa psiquê coletiva, mesmo que não mais sob um Brasil Império. Mas sobre isso falaremos ao final. É preciso falar antes que "À Sombra do Jatobá" bem poderia ser simplesmente "Ercília", a personagem que alinhava o desenvolvimento de toda trama, em sua condição de escrava - sem direito a quase nada, sequer à vida em alguns momentos -, mas que persiste em sua autonomia inviolável enquanto ser, convicções e valores. Esse é o grande aprendizado que Ercília nos deixa, bem como àqueles que lhe estão próximos na história, como as meninas Teodora e Cândida: A de que podemos encontrar nosso equilíbrio mantendo-nos invioláveis enquanto alma, espírito, sujeito ou qualquer outra designação que a filosofia, psicologia ou religião costuma designar para a nossa individualidade. Isso nada tem a ver com o discurso contemporâneo da "resiliência", que tem fins outros que não nos cabe citar aqui. Tampouco tem a ver com renúncia ou passividade, mas sim, com sabedoria. De outro modo, voltar a este Brasil Império nos possibilita, uma vez mais, resgatarmos páginas negadas de nossa história por um certo pensamento raso e desonesto muito acentuado nos dias de hoje, que procura livrar-se de muitas responsabilidades que deveriam estar sobre os próprios ombros.
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