Entrevista com a autora parceira convidada: Fernanda T. Castro

Olá, pessoal! Segue a entrevista com a autora convidada da semana: Fernanda T. Castro, autora dos livros da saga Poder Ignorado. O segundo livro: Nas Garras das Trevas, ganhou destaque de publicação pela editora Pendragon.

Entrevista

Primeiramente, conte-nos um pouco sobre quem é Fernanda T. Castro? Por exemplo, uma breve biografia e seus livros publicados.

A Fernanda é uma mulher de 24 anos, apaixonada por livros desde que aprendeu a ler, o tipo de nerd que lê Harry Potter com 7 anos de idade e que começou a descobrir o mundo da escrita poucos anos depois. Desde então, entra em uma abstinência pesada quando fica um tempo longe desse mundo, como se perdesse a própria identidade. Desde então, sua vida gira ao redor dos livros, se formou em Letras por ser apaixonada por sua língua e por conta disso me tornando-se professora de uma escola bilíngue onde há funcionários que além de, apoiar seu trabalho, confiam nela para a tarefa de trazer um pouquinho da sua paixão pelos livros aos alunos.

Quanto as suas obras, começou com o Vida Adolescente que é um romance em clima escolar, com amizades, problemas, primeiros amores e tudo mais. Foi um livro que sua mãe entregou como lembrancinha em sua festa de quinze anos e foi muito comentado entre os familiares o que só inflamou seu sonho. Sempre foi uma leitora assídua de fantasias e quando a sua primeira ideia veio ao cérebro, não deixou passar e assim surgiu a trilogia Poder Ignorado (com os livros Poder Ignorado, Nas Garras das Trevas e Fruto da Imaginação), que abriga o mundo dos amigos imaginários e os medos dos seres humanos, além dos marcantes personagens que vocês vão conhecer melhor durante a entrevista (risos).

Qual é a sua maior inspiração quando está escrevendo? Ou seja, o que te inspira a escrever?

A leitura de bons livros sempre me deixa muito inspirada e ler os comentários dos meus leitores também dá um gás que vocês não fazem ideia, mas como sempre digo, o que mais me inspira é o próprio ato de escrever que para mim é a melhor sensação do mundo. Eu o faria mesmo que não tivesse nenhum leitor. É quase terapêutico.

Conte um pouco sobre a personalidade dos seus protagonistas: Lena, Jhonatam, Daniel e Lia.

Bom, Lena é a romântica, sonhadora e a apaixonada pelos livros. Ela é a típica leitora que gostaria de entrar em um mundo mágico como cada um de nós para ter uma vida mais aventureira na companheira de um cavaleiro de armadura e tudo mais.

O Jhonatam é o crush que te põe na friendzone a vida inteira e quando você dá uma sumida, te dá valor. Ele é o cara irresistível, mas que aparenta amar mais o desafio do que a pessoa que está o fornecendo.

Daniel, ó meu ponto fraco (risos). Ele é o cara perfeito, criado para você se apaixonar com a segurança de que ele vai te amar de volta. O problema é que esse amor é perigosamente forte e acaba se tornando obsessivo. É um personagem que tem que parar, dar um passo para trás, evoluir para só aí merecer o amor que tem.

Lia é a aquela garota rebelde, pouca paciência, pé no chão e o total oposto de sua irmã Lena. A casca grossa com um coração de ouro por dentro e apesar de uma personalidade forte, um jeitão de “Tô nem aí para ninguém”, não mede esforços para ajudar aqueles que ama.

Como autora, diga uma mania que você tem quando está criando uma nova cena na trama?

Na maioria das vezes, as cenas estão na minha cabeça, mas quando estou escrevendo, eu preciso parar, mexer com outra coisa enquanto as palavras certas veem. É como se eu esperasse baixar o download (risos). Mas quando elas veem, eu preciso estar no silêncio, qualquer barulhozinho é capaz de desviar a minha atenção (a mesma coisa quando estou lendo), é como se eu não conseguisse me conectar direito com a história.

Geralmente, de onde você tira os nomes dos personagens? Ou eles simplesmente costumam vir a mente quando começa a escrever?

Eu sou péssima na escolha dos nomes, então eu sempre pego do meu cotidiano. Por exemplo, Lena era a personagem de um jogo que eu gostava, Lia era o nome de uma das bonecas que eu brincava na infância, essas coisas. Algumas vezes, eu peço para outra pessoa me ajudar a escolher. Minha irmã mais nova é ótima para isso.

Quando está escrevendo, você possui algum ritual diário para separar as coisas em família e o trabalho com a escrita?

O ritual é esperar eles dormirem, não tem outro jeito (risos). Enquanto eles tiverem acordados, eles farão barulho, puxarão assunto, ligarão a TV ou a música alta. Deve ser por isso que a maioria dos escritores que conheço gosta de escrever de madrugada.

De onde você tirou a inspiração para dar vida ao novo personagem do segundo livro: Stevie? Porque muitos leitores ficaram curiosos para saber, pelo fato de gostar do personagem e ele recordar um personagem famoso da aclamada série Stranger Things. Exclusivamente, nas cenas em que ele luta contra os Medos com um bastão de beisebol. Pode ter vindo daí uma certa referência, ou nada a ver?

Nossa, eu nunca tinha pensado nisso! (risos) Por isso adoro ouvir a opinião dos leitores, eles têm as mais loucas e incríveis teorias! Sim, eu gosto de Stranger Things, mas o meu Stevie nasceu um pouco antes de eu ter começado a assistir a série, talvez por isso eu nunca tenha percebido a semelhança. Aliás, o Stevie é realmente um amigo imaginário, que os meus alunos de uma escola que trabalhei, na época com o Ensino Médio. Eles colocavam o boné dentro do blusão da escola e o “Stevie” interagia comigo e com os outros alunos. Os meninos brincavam falando que ele era ladrão e botavam a culpa no amigo imaginário de todas as coisas erradas que faziam. Eu pedi permissão para colocá-lo no meu livro e os meninos ficaram super emocionados, aceitaram na hora. Nesta época, eu ainda não sabia que o personagem teria a importância que acabou tendo na história.

Escreva uma citação favorita da sua obra.

A minha favorita é “Não era o ódio que eu tinha que me controlar, e sim, meu amor por ela.” que está estampada na minha camiseta da Pendragon. Eu acho que é a que melhor resume o amor entre a Lena e o Daniel, o casal que mais faz meu coração palpitar. Essa relação de amor e ódio que eles têm, é, de alguma forma o que acaba levando a história desde o começo até o final.

Qual é a sua hora favorita do dia para escrever?

Gosto de escrever a noite. Na verdade, tudo o que eu faço a noite, parece que faço mais feliz. Até arrumar a casa! (Vai entender), mas funciona também para eu perder a preguiça, sabe? Tipo, “o dia acabou, querida, ou escreve agora ou não vai escrever mais hoje!”

Você sempre sonhou em ser escritora, ou em um dia poder publicar um livro? Conte brevemente sobre como foi essa experiência.

Sempre sonhei. Não é à toa que não sosseguei até conseguir publicá-los. Eu ainda tenho o sonho de ser uma dessas autoras famosas pelo mundo inteiro. Não só pelo dinheiro, mas porque de todas as coisas do mundo, está é a coisa que mais gosto de fazer e seria maravilhoso viver disso, me dedicar a apenas isso. Além disso, pensa como deve ser enriquecedor ter muita gente comentando o livro? O quão inspirador seria para mim? Mas no momento, cada passinho que consigo dar, cada livro publicado é uma grande festa, com lágrimas e muitas fotos, como se fosse o nascimento de um bebê.

Eu adorei tanto ler o seu segundo livro Nas Garras das Trevas, que quando eu terminei de ler eu só conseguia pensar: Preciso da continuação! É possível contar um pouco das curiosidades sobre o próximo livro Fruto da Imaginação? Há previsão de lançamento? O que nos leitores podemos esperar do desfecho desse terceiro e último livro da saga Poder Ignorado?

Sim, o final do Nas Garras das Trevas é bem propício a ameaças de morte, né? Eu recebi algumas (risos). Bom, o Fruto da Imaginação, último livro da trilogia, está em processo de escrita ainda (estou finalizando, juro) e pretendo publicá-lo em 2021. Eu também prometo que mais para frente farei um post no meu blog falando o que podem esperar deste livro, mas já adianto aqui que podem esperar lágrimas. Também posso dizer que vai ter um dinamismo com o tempo, alguns personagens vão narrar de onde a história parou e outros quatorze anos depois. O Jhonatam não narrará mais os capítulos, sendo substituído por um novo personagem, o Thomas. Alguém faz ideia quem seja esse personagem?

Como amadureceu essa vontade de escrever e publicar um livro? É uma coisa que sempre esteve presente em você?

Posso dizer que sim, os livros praticamente me escolheram para que eu os escrevesse. Descobri muito cedo que eu amava escrever e os comentários positivos sempre me faziam acreditar que estava no caminho certo e deveria continuar.

Qual é a sua comida, doce e salgado favorito(s)?

Lasanha e doce de leite

Compartilhe: qual é a sua cor, série e/ou filme favorito(a)?

Azul, Once Upon a Time (dessa vocês podem achar várias referências, até como o Poder Ignorado foi planejado) e filme, sou incapaz de escolher um. Gosto de muitos, principalmente as adaptações de livros, enlouqueço toda vez que sai um novo.

Qual é a sua estação do ano favorita?

Verão. Amo o calor.

Diga uma qualidade sua que você mais gosta em você?

Amo a minha criatividade. Ela é muito útil em várias áreas de minha vida.

Conte-nos uma música que te inspira e/ou qual é a sua música favorita de agora?

Ultimamente eu tenho escutado muitas músicas da Disney, “Almost there” de Princesa e o Sapo, “Into the unknown” de Frozen II são as que estão entre as mais tocadas no meu Spotify. Acho que elas traduzem muito bem o meu momento atual.

Existe alguma obra em especial que despertou o seu gosto pela leitura e interesse pela escrita? E quais são os gêneros que você mais gosta de ler?

A primeira que li foi “Harry Potter e a Pedra Filosofal” e até hoje não parei mais. O gênero fantasia é de longe meu favorito, mas eu leio quase todo o tipo de livro. Ainda não lido bem com livros de terror.

Qual personagem é mais parecido com você, em se tratando de personalidade? Por quê?

A Lena é a que foi criada para se parecer comigo, nós duas somos sonhadoras, viciadas em livros, sentimos que não nos encaixamos de jeito nenhum no mundo real e temos a mesma aparência física propositalmente. Ela foi criada para que eu pudesse sair um pouco do mundo real, na verdade. Hoje em dia temos várias divergências, muitas atitudes que ela tomou eu jamais teria feito. Eles desenvolvem as próprias personalidades, é bem bizarro.

Em poucas palavras: diga por que as pessoas deveriam ler os seus livros?

Meus livros ensinam as pessoas que todos nós temos uma imaginação incrível quando crianças que se mantermos acesa podemos construir coisas grandes e maravilhosas. Além disso, eles discutem sobre todos os tipos de amor, o não correspondido, abusivo, a distância, tudo em um mundo mágico, criativo e com um tema que você não encontra muito a respeito por aí. 

Queremos saber: Como foi escrever o livro "Nas Garras das Trevas"?

Foi a melhor experiência da minha vida. Esse é de longe o livro que eu mais gostei de escrever, tudo saiu muito naturalmente e eu dei muitas risadas em várias partes, me diverti muito!

Qual é a sua cena favorita do livro? E qual você mais gostou de escrever? Por quê?

A cena que eu mais gosto é a que o Senhor das Sombras chama todos os medos para invadir o Castelo e resgatar ele e o Daniel. Fiquei muito satisfeita com a cena assim que a escrevi. Também adoro a cena em que o Daniel faz uma entrevista de emprego, ri demais com aquela cena.

Apesar da jornada árdua que é escrever, além de prazerosa e libertadora. Você já enfrentou algum bloqueio criativo no processo de escrita? Se sim, o que ajudou a resolver esse problema? Deixe sua dica para quem está passando por isso.

Sim! No Poder Ignorado quando o Jhonatam tinha que invadir o Castelo. Eu protegi demais aqueles muros e demorei muito tempo para pensar em um jeito de fazê-lo entrar. Depois que passei por ele, fiquei muito feliz com o resultado. No Nas Garras das Trevas, foi para pensar em um jeito de salvar o Gustavo. Precisei de toda uma equipe para que pudéssemos chegar neste que vocês leram e eu acho que ficou tão genial, que se eu tivesse pensado sozinha não teria amado tanto.  Agora no Fruto da Imaginação estou vivendo, mas não porque não sei o que fazer, mas porque estava difícil me desapegar da trilogia. Depois que eu terminar, acabou, sabe? É mais emocional do que racional, na verdade. Eu também estou fazendo de tudo para não deixar pontas soltas, é o livro mais difícil que já escrevi. Acho que a minha dica para quem está passando por isso é não se forçar, procurar estímulos externos e relaxar, pois a resposta sempre virá. Desistir nunca!

Em apenas uma única palavra, descreva o livro: " Nas Garras das Trevas".

Surpreendente.

E agora, conte para nós um sonho realizado e deixe um agradecimento.

Tantos! Ser autora da Editora Pendragon, ter meu livro assinado pelo Maurício de Sousa, participar das bienais como autora. Sou grata a todos esses momentos e a todos que fizeram parte deles.

Deixe um breve recado aos seus leitores.

Eu quero agradecer todo o carinho. Um livro não real até que vocês o leem, então sou muito grata a cada um de vocês apenas por existirem. Eu me comprometo a sempre produzir conteúdo e escrever muito, para devolver e aumentar esse amor. Quero também agradecer a este blog pelo espacinho e pelas maravilhosas perguntas. Quem acabou de me conhecer, já aproveita para me seguir nas redes sociais e conhecer meu blog, tem bastante conteúdo bacana.

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