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segunda-feira, 8 de junho de 2020

Entrevista com a autora parceira convidada da semana: Louise Soares

Blog Arte da Literatura
Olá, pessoal! Então, eu trouxe essa entrevista muito especial de uma escritora nacional de um dos meus nacionais favoritos do gênero fantasia medieval.
Segue a entrevista com a autora parceira convidada da semana: Louise Soares, autora de "O Cavaleiro Verde" na Amazon Kindle. Confira a resenha do livro aqui no blog em O Cavaleiro Verde.
Divirtam-se!
Primeiramente, conte-nos um pouco sobre quem é Louise Soares? Por exemplo, uma breve biografia, gênero dos livros que gosta de escrever e seus livros publicados.

Sou jornalista e tenho 31 anos. Sou carioca, formada em Comunicação Social pela UFRJ e sou mestre em jornalismo econômico. Também já fiz cursos de roteiro e escrita criativa. Sou apaixonada por literatura e meus gêneros literários favoritos são fantasia e romance histórico.


Qual foi sua maior inspiração quando estava escrevendo o livro O Cavaleiro Verde? Ou seja, de onde saiu a sua inspiração ou pesquisa para escrever todos aqueles cenários fantásticos e caracterização de figurinos e armaduras deslumbrantes de uma terra medieval?

Tive várias inspirações para o processo de escrita. Sempre gostei de histórias medievais e sempre tive curiosidade sobre o universo de cavaleiros, torneios, e disputas dinásticas. Além disso, adoro histórias de superação e a jornada da Alexandra é justamente essa, de superar as adversidades que se colocam no caminho dela. Então juntei um pouco de tudo e comecei a costurar a história do primeiro livro.

O processo de pesquisa começou com a leitura de livros sobre o período histórico, como eram os costumes da época, como as pessoas se vestiam, os rituais que existiam em torno das justas, como eram conhecidas as competições entre cavaleiros medievais. Também fiz muitas pesquisas na internet e assisti alguns documentários sobre o tema.

Conte um pouco sobre a personalidade dos seus protagonistas de O Cavaleiro Verde.

A Alexandra é a nossa heroína, uma princesa que perdeu seu reino e, agora, precisa lutar para reconquistá-lo das garras de um rei tirano. Ela é determinada, corajosa e muito humana, o que faz com que ela consiga construir laços muito fortes com aqueles ao seu redor.

O principal aliado dela é o Gabriel Gundram, um menino que sonha em ser cavaleiro e que empresta seu nome para que ela possa encarnar o Cavaleiro Verde. A família dele foi separada por conta dos desmandos do Rei Mau e ele e a irmã, Elisa, buscam uma forma de juntá-los novamente. A Elisa é uma moça bem prática, trabalhadora e um pouco protetora demais.

Dentre os competidores do Torneio, temos ainda o príncipe Connor, o Cavaleiro Azul, único herdeiro do trono de Amaranthia, que vive sufocado pelas expectativas e maquinações do pai, o rei Balduíno. Também há o Cavaleiro Amarelo, Logan Hartwig, que está determinado a vencer para provar a todos sua coragem; e Drustan Ferraghas, o Cavaleiro Vermelho, um competidor agressivo que fará de tudo para sustentar a coroa usurpada por seu pai, o rei Venceslau de Scarlach.

Como autora, diga uma mania que você tem quando está criando uma nova cena na trama?

Eu gosto de ouvir música enquanto escrevo. Ajuda a manter o tempo da cena e, ao mesmo tempo, me faz entrar na pele dos personagens naquele momento.

Geralmente, de onde você tira os nomes dos personagens? Ou eles simplesmente costumam vir a mente quando começa a escrever?

Às vezes escolho pelo significado do nome ou pela sonoridade. Também costumo pesquisar para conhecer quais nomes eram mais comuns em qual época, para não ficar estranho um personagem de época com um nome muito contemporâneo.

Quando está escrevendo, você possui algum ritual diário para separar as coisas em família e o trabalho com a escrita?

Costumo reservar algumas horinhas por dia para escrever, mas sem muito rigor. A inspiração é uma coisa engraçada, nem sempre visita quando a gente quer, então procuro sempre ter alguma forma de registrar as minhas ideias no papel para não esquecer.

O livro O Cavaleiro Verde é o primeiro volume da trilogia Rota das Espadas. Já é possível saber a previsão de lançamento dos próximos livros dessa trilogia incrível? É um projeto em andamento para esse ano ou futuramente?

Acredito que até o final do ano tenha alguma novidade a compartilhar com vocês. Tenho outro lançamento para breve também, mas não faz parte da trilogia. É um romance de fantasia ambientado na Renascença.

Conta para nós, como foi escrever um livro de romance medieval? Já era um desejo seu escrever uma fantasia medieval? Você poderia contar algumas curiosidades sobre o seu livro O Cavaleiro Verde aos leitores?

Escrever um livro de qualquer época implica em pesquisar muito sobre a ambientação e incorporar essa pesquisa á sua escrita. Por exemplo, se um personagem precisa mandar uma mensagem, tinha que ser por carta, via mensageiro. Ao mesmo tempo em que isso te dá uma limitação temporal, também abre algumas possibilidades já meio extintas nas obras contemporâneas: e se a carta não chega? E se o mensageiro se perder? E se a carta for entregue á pessoa errada?

Por outro lado, esse período tem muitas possibilidades narrativas a serem exploradas, como as disputas entre reis e rainhas, os conflitos, os rituais, o papel das mulheres naquela sociedade. Tudo isso serve como um pano de fundo interessante, mas não se sustenta sem uma boa história. Como sempre me interesse por esse período da história, escrever um livro medieval sempre esteve nos meus planos.

Uma curiosidade é que, no começo, os adversários da Alexandra no Torneio não tinham uma personalidade muito definida. Depois, percebi que seria mais interessante se cada um tivesse uma história e uma motivação forte para estar ali e se de alguma forma ela entrasse em conflito com a motivação da protagonista.

Então, como surgiu a ideia de escrever o livro?

Eu tinha acabado de escrever uma história, mas não estava muito satisfeita com o resultado final. Para dar um tempo naquela trama e refrescar as ideias, comecei a me dedicar a escrever outra história. Pouco depois, surgiu essa imagem na minha cabeça de um cavaleiro lutando contra tudo e contra todos, mas quando esse cavaleiro tirava o capacete, era uma mulher. Daí começou a jornada da Alexandra para reconquistar o reino de Scarlach.

Escreva uma citação favorita da sua obra: "O Cavaleiro Verde".

O lema do Cavaleiro Verde: “A esperança é a minha soberana”

Qual é a sua hora favorita do dia para escrever?

Costumo escrever á noite, é quando as ideias fluem melhor para mim.

Você sempre sonhou em ser escritora, ou em um dia poder publicar um livro? Conte brevemente sobre como foi essa experiência.

Sim. Ser escritora é meu grande sonho, desde a adolescência. Na escola, eu andava com um caderninho na mochila para escrever as ideias que me surgiam ao longo do dia. A escrita é um processo de tentativa e erro constante. Você só tem como saber se o texto ficou bom depois de colocar no papel. Então, escrever é preciso, mesmo que seja para descartar e reescrever tudo depois.

Como amadureceu essa vontade de escrever e publicar um livro? É uma coisa que sempre esteve presente em você?
Sim, sempre foi um sonho meu. Desde menina eu tinha umas ideias curiosas de histórias e não sabia muito bem o que fazer com elas. Até que comecei a me aventurar mais pela leitura e entendi que era aquilo que eu precisava fazer.

Qual é a sua comida, doce e salgado favorito(s)?
Churrasco, brigadeiro e pizza – tenho o paladar um pouco infantil, rs.

Compartilhe: qual é a sua cor, série e/ou filme favorito(a)?

Rosa. É fácil identificar o que é meu pela cor. Não tenho uma série preferida, mas, quanto a filmes, adoro blockbusters, filmes de época e de animação.

Qual é a sua estação do ano favorita?

Primavera. Adoro tirar fotos de flores.

Diga uma qualidade sua, que você mais gosta em você?

Sou bastante determinada em alcançar meus objetivos. Com o tempo, aprendi também a ser resiliente e entendi que às vezes a gente precisa seguir por atalhos inesperados para encontrar nosso caminho.

Existe alguma obra em especial que despertou o seu gosto pela leitura e interesse pela escrita? E quais são os gêneros que você mais gosta de ler?

Acho que um dos primeiros livros que li sem parar foi “A Megera Domada”, de William Shakespeare. Li quando eu tinha uns 11, 12 anos e comecei a me interessar pelos textos do bardo inglês. Também gostava muito de livros sobre mitologia grega e lia séries como Harry Potter, o Diário da Princesa e os clássicos como “O Conde de Monte Cristo”, “O Corcunda de Notre-Dame” e “Os Miseráveis”.

Qual personagem dos seus livros é mais parecido com você em se tratando de personalidade? Por quê?

Gosto de acreditar que eu tenho um pouco da determinação da Alexandra, um pouco do cuidado da Elisa, a esperança e o otimismo do Gabriel.

Em poucas palavras: diga por quê as pessoas deveriam ler o seu livro?
“O Cavaleiro Verde” é uma aventura para todas as idades, com uma protagonista guerreira e muito humana enfrentando um desafio gigante para recuperar o que é seu por direito. Tem romance, tem amizade, tem intriga, tem humor.

Queremos saber: Como foi escrever o livro "O Cavaleiro Verde"?
Foi um aprendizado. Eu já tinha feito alguns rascunhos, mas este foi o primeiro em que eu senti que tinha domínio da técnica narrativa. Colocar o ponto final foi uma grande conquista para mim.

Qual é a sua cena favorita do livro? E qual você mais gostou de escrever? Por quê?

Minha cena favorita é mais para o final e não posso revelar para não dar spoiler, mas posso dizer que ela é catártica e dá vontade de gritar junto com a personagem.

As cenas que mais gostei de escrever foram as interações entre Alexandra e Logan, não só pelo humor involuntário dela tentando proteger o seu segredo, mas ao mesmo tempo eles lutando para esconder o que realmente sentem um pelo outro.

Apesar da jornada árdua que é escrever, além de prazerosa e libertadora. Você já enfrentou algum bloqueio criativo no processo de escrita? Se sim, o que ajudou a resolver esse problema? Deixe sua dica para quem está passando por isso.
Já tive vários bloqueios, perdi a conta. O que me ajudou foi justamente buscar conhecimento para me ajudar a melhorar. Em uma das primeiras versões de “O Cavaleiro Verde”, eu não conseguia passar da metade do livro para o bloco seguinte por que estava emperrada em uma trama que não funcionava. Então parei tudo e busquei repensar o que estava escrevendo.

Em apenas uma única palavra, descreva o livro: " O Cavaleiro Verde".
Heróico

E agora, conte para nós um sonho realizado e deixe um agradecimento.

Eu sempre tive vontade de conhecer um castelo de perto. Quando eu estava cursando meu mestrado no exterior, tive a oportunidade de visitar algumas construções e cidades medievais e fiquei encantada com tudo o que vi.

Muito obrigada a todos os leitores por embarcar comigo nessa aventura, por todas as fotos lindas que vocês compartilharam do livro, por todas as palavras de incentivo e até mesmo as críticas construtivas que vocês fizeram. Tudo isso me encoraja a seguir escrevendo e criando novas histórias.

Deixe um breve recado aos seus leitores.

Cada palavra que coloquei no papel foi pensando em criar uma história incrível para vocês. Saber que vocês gostam do livro é um presente. Vocês são maravilhosos!

11 comentários:

  1. Amei conhecer a autora, eu já tinha ouvido falar de 'O cavaleiro verde', mas nunca li. Embora tenha vontade, espero que consiga logo que possível. Com relação à entrevista, temos gostos em comum, como a paixão pelos livros de Shakespeare, e 'O conde de Monte Cristo', alé do "paladar infantil", rsrsrs.
    Bjks!

    Mundinho da Hanna
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  2. Gostei da entrevista, não conhecia a autora. Menina eu não consigo escrever ou ler ouvindo música. Tenho déficit de atenção, mas admiro muito quem consegue. Bjs

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  3. Oi, que bacana conhecer mais sobre a autora e como ela é simpática, bonito o sonho dela desde a criança com a literatura, desejo muito sucesso a ela e que continue escrevendo e despertando leitores para esse universo mágico.

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  4. Interessante essa questão da pesquisa por se tratar de uma obra que não acontece em nossa época. É importante e deixa a obra mais rica. Não conhecia a escritora e desejo muito suceso pra ela.
    Aah, se eu fosse de escrever, seria no horário da noite tbm. Mas faço outras coisas nesse horário. Produzo melhor no modo noturno hehehe
    Tschüss 😘

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  5. Adorei a entrevista, não conhecia a autora e ela me pareceu ser uma simpatia em pessoa!
    O paladar dela é como o meu kkkkkk

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  6. lendo a entrevista, no momento que ela apresenta alexandra eu fiquei curiosa, raramente as obras trazem mulheres da época da monarquia sendo fortes e decididas e tentando pegar seu lugar de direito.

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  7. Nossa, me identifiquei com algumas falas da escritora, como preferir escrever à noite e aí sim de músicas. Sem contar a determinação. Valorizo isso nas pessoas! Caraca, um Romance medieval? Fiquei bem instigada! E adoro bate-papos.

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  8. Que entrevista gostosa de se ler. Bacana ter um primeiro contato com uma autora de uma maneira tão íntima e descontraída. Já quero conhecer seus escritos.

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  9. Adorei conhecer mais uma autora nacional, ainda mais que escreve sobre fantasia, um gênero que sou apaixonada. Quero conhecer Alexandra, acompanhar as aventuras dela. Adorei a referência a Shakespeare, foi uma das primeiras obras que li através dos livros do meu pai.

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  10. Oi Deb, tudo bem? Gosto muito quando você traz entrevistas. Acho divertido conhecer o autor por trás da obra. Sempre que leio entrevistas assim me imagino num bate-papo com Harlan Coben, James Patterson, e outros autores que admiro tanto. Nem sei qual seria minha primeira pergunta. Com certeza perguntar de onde tiram tantas ideias não pode faltar. Que legal a estação favorita dela ser a primavera a minha é o verão. Amo dias quentes em que posso andar de bicicleta sem roupa de frio haha Ou o outono que a natureza fica linda para ser fotografada. Um abraço, Érika =^.^=

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  11. Gostei muito de conhecer a Louise dessa forma mais dinâmica e em coisas que talvez eu nem chegasse a descobrir um dia (como por exemplo que somos iguais no paladar, Hahah). Sobre a história do livro, eu gostei muito tbm, pois chama muito a minha atenção protagonistas fortes e independentes em períodos onde isso é dificilmente retratado!

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