E-book recebido de cortesia em parceria com a editora Crônicas Fantásticas
A conversa entre um rato e um prisioneiro em seus últimos instantes de vida faz o moribundo se lembrar dos motivos de sua prisão e das lutas que o levou até a cadeia. Ele conta ao rato sobre seus sonhos e aspirações assim como sua vontade de ver um mundo melhor para os outros.
BOOK REVIEW. "Além do muro, de Vitor Barra."
Primeiramente, o conto é estruturado como uma narrativa curta envolvendo um conflito único. Nessa perspectiva, o autor faz uso de metáforas sobre vermes pérfidos e vermes humanos, homens corruptos sedentos por poder absoluto; até o clímax em que atinge o ápice de tensão na história. Neste conto, há o diálogo entre uma ratazana e um homem moribundo, que sonha com um futuro melhor ao longe no horizonte, mesmo em sua cela na podridão.
Além disso, o enredo fantástico bem desenvolvido contém um animal humanizado, a ratazana, no caso. Sem dúvida, durante a trama, o prisioneiro relembra de seus anseios e das razões de acabar naquela prisão, assim como da razão pela qual tanto lutou para levar aquele fim trágico.
Penso que, certamente, deixa uma quase lição de moral pra se pensar a respeito, colocando desse modo. Inclusive, traz reflexões profundas do pensamento inteligente apresentado por meio desta temática atemporal inserida. Propositalmente, causa desconforto necessário pra suscitar questionamentos relevantes para discussão de mentes sagazes e lúcidas. Diante disso, é ideal pra quem quiser ler algo leve e de linguagem simples e coesa.
Vale ressaltar que, retrata com certa referência e ênfase a utopia através do sonho de um homem moribundo apodrecendo na prisão cheia de vermes pérfidos abaixo e acima em seus últimos resquícios de vida e consciência esvaindo-se. O devaneio de futuro melhor além do horizonte. Além do muro.
Deixa em aberto uma mensagem sublime de esperança para as gerações por vir. Ou será apenas delírio de um homem condenado?
Enfim, super indico! Em geral, o texto está bem escrito e revisado. Por este motivo, a leitura fluiu perfeitamente nessa ótima experiência literária breve e excelente de diagramação impecável.
Claramente, estou gostando muito dessa iniciativa de incentivo à leitura da literatura fantástica nacional por intermédio de contos da Confraria das Crônicas Fantásticas lá no Catarse.
Gostou? Confira esse e outros contos de diferentes temas abordados assinando a Confraria das Crônicas Fantásticas. Link na bio.
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Até a próxima.
- Publi
Olha aí, mais um continho que vai pra minha lista. Adoro tramas que retratem prisões, cárceres, confinamentos diversos. E que bom que ele levanta questionamentos importantes.
ResponderExcluirTschüss
Oi Débora, tudo bem? Que proposta mais interessante. A situação mencionada pelo autor rende algumas discussões, ainda mais o personagem estar preso e desejar um mundo melhor para aqueles que estão do lado de fora. Como alguém que foi preso por ter feito algo errado deseja algo bom? É dúbio concorda? Obrigada pela indicação! Um abraço, Érika =^.^=
ResponderExcluirCaramba, parece ao mesmo tempo chocante e convitativo. Acho que, por sua resenha, essa seja uma excelente leitura. Vou deixar anotada essa dica! Chamou muito minha atenção. Principalmente essa questão do cárcere.
ResponderExcluirGrande abraço.
esse livro é literalmente a descrição perfeita do ditado ''quem vê capa não não vê conteúdo'' porque essa premissa é incrivel, e pela sua resenha fica claro que foi bem desenvolvido, eu amo obras com tom mais reflexivo de teor mais filosofico e esse livro é isso. nada mais filosofico do que a reflexão sobre poder, desilusão e prisão de um humano com um rato.
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