Resenha " Supernova", de Beatriz Montenegro

Título: Supernova

Autor(a): Beatriz Montenegro

Número de páginas: 131 páginas

Gênero:  Literatura e Ficção para Adolescentes: LGBT / Jovem Adulto

Editora: Se Liga

Adicione no SKOOB

Disponível para compra na Amazon Kindle

E-book recebido de cortesia em parceria com a autora.

Max tem 16 anos e nunca beijou ninguém. Depois de passar toda a adolescência vivendo nas sombras de sua melhor amiga, ele começa a descobrir coisas sobre si mesmo e sobre o mundo que antes pareciam não estar ali. O distanciamento de Lucas, os segredos de Selina e a aproximação com Nora têm virado sua vida pelo avesso e, como se isso não bastasse, Max não faz a menor ideia do porquê ou de como contar a Sai que ele é a primeira pessoa que fez seu coração bater de um jeito diferente.

 

Resenha da obra

"Supernova" é um título da autora nacional Beatriz Montenegro. Sem dúvida, esse foi meu primeiro contato lendo algo da escritora. Gostei da escrita fluída e completamente apaixonante dela.  Certamente, além de trazer uma trama rica em protagonismo LGBTQ+🏳️‍🌈, a narrativa está repleta de representatividade e diversidade em etnias e gêneros distintos. Assim, explorando a forma como esses jovens vão se enxergar e o mundo ao redor deles. Então, vai além ao abordar assuntos de extrema importância como a questão da autodescoberta, amizade, dilemas, pautas familiares, aceitação, amor jovem, paixão à primeira vista e entre outros.

Em contrapartida, também há possíveis gatilhos para relação abusiva entre amigos, atitudes meio controladoras, xenofobia e suicídio. Porém, achei que a autora soube trabalhar bem nesses assuntos sérios com responsabilidade, equilíbrio, sensibilidade, leveza, senso crítico sutil e informações verídicas. Inclusive, passar certa conscientização ao se aprofundar acerca disso. Mesmo através dos personagens reais, cativantes e carismáticos. Em razão disso, tudo está feito de modo crível e na medida certa.

Acredito que, outro ponto positivo da obra seja a temática necessária a respeito do autoconhecimento. Ou seja, a descoberta da própria identidade e sexualidade durante essa fase difícil da adolescência. Max, é um garoto introspectivo de 16 anos precisando lidar com seus pensamentos e sua personalidade intensa. Neste livro, contém enredo simples e os capítulos curtos são ótimos. Mas, agora vamos contextualizar a situação. Imaginem tudo isso acontecendo em um ambiente de clima frio Europeu divertido e agradável. Principalmente, pela naturalidade em se tratando do tema. Apesar do nosso mundo preconceituoso.Mass, agora vamos contextualizar a situação. Imaginem tudo isso acontecendo em um ambiente de clima frio Europeu agradável. Apesar do nosso mundo preconceituoso.

Na verdade, culpa da sociedade patriarcal cheia de crenças odiosas, julgadora, da qual se acha dona da verdade absoluta, ou insiste em cuidar da vida alheia. Pois, claramente, tem medo do díspar ao invés de tentar se informar e compreendê-lo por intermediário de empatia. Infelizmente, ainda é essa a realidade. 

Consequentemente, é um caminho longo até a aceitação e amor próprio pra se entender o fato: não tem nada de errado em nascer diferente. Apenas se é humano. Na minha opinião, realmente, esse pensamento liberta, sabe? Saber que é preciso aprender a ser livre sendo quem somos pra alcançar nossa felicidade. De qualquer maneira, nunca vamos agradar a todos. Nossa existência sempre vai incomodar. Porque, não há justificativa alguém espalhar mentiras e odiar o próximo por ele ser diferente e fugir dos padrões. Já que esse ódio das pessoas é aquilo que se deve considerar desumano.

Enfim, super indico! Aliás, a edição é linda. Por sua vez, essa história possui momentos fofos demais, romance leve, a fluidez da narração me agradou. Adorei acompanhar o desenvolvimento de relacionamento entre o Max tanto com a Selina quanto com a Nora. Até as mensagens trocadas entre ele e o Lucas. Com certeza, fiquei entusiasmada pelo rumo do romance inesperado entre o protagonista e o Sai. Portanto, foi muito bom ver a jornada de autodescoberta do Max e dele, finalmente, entendendo-se com a própria sexualidade. 

A propósito, tive uma única ressalva; sei que esse não era o foco da narrativa, entretanto, eu queria que fosse mostrado mais por trás de quem é o Sai, além de um adolescente indiano apaixonado pelo Max. Por isso, senti falta de criar uma melhor conexão, um pouco me referindo a conhecer sobre a vida dele. Vale ressaltar que, essa é só uma observação pessoal, nada que atrapalhe o andamento da história ou minha ótima experiência de leitura. Evidentemente, de deixar o coração quentinho.

Leiam e tirem as próprias conclusões de vocês, ok?

Beatriz,

agradeço pela confiança.

Até a próxima

- Publi

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