Entrevista com a autora Lídia Rayanne

Biografia:

Fortalezense e formada em Design de Moda, Lídia Rayanne sempre foi tão apaixonada por livros que um dia decidiu escrever um. Nerd e romântica incurável, é colunista no site Tracinhas, onde compartilha seus surtos literários e contos publicados em antologias junto de suas amigas. É autora da duologia Romance em San Marino e do spin-off “Pequeno Lírio”, publicados pela Skull Editora, e da série Peripécias de uma Estudante de Moda.

                   Interview 

Quais são os títulos dos seus livros publicados?

Romance em San Marino – Livro I

Romance em San Marino – Livro II

Pequeno Lírio - Uma História de Romance em San Marino

Peripécias de uma Estudante de Moda – 1º Semestre

Peripécias de uma Estudante de Moda – 2º Semestre

Peripécias de uma Estudante de Moda – 3º Semestre

Peripécias de uma Estudante de Moda – 4º Semestre

Peripécias de uma Estudante de Moda – 5º Semestre

Como surgiu a ideia inicial que hoje se tornou o livro? 

Para “Romance em San Marino”, a primeira inspiração para a história surgiu enquanto assistia meu primo mais novo brincar com bonecos Playmobil. Era apenas uma história infantil sobre príncipes e plebeias lutando contra a peste negra, e o “cenário” de fundo era uma miniatura do Monte Titano, que sobrara de um globo de vidro que outra prima trouxe de presente da Itália. A ideia inicial era que Romance em San Marino fosse uma graphic novel. No roteiro original, Marco seria um príncipe e ngela uma plebeia. Os dois revolucionariam o pequeno país ao defender o território das invasões de Napoleão Bonaparte. A ideia parecia perfeita… até que comecei a pesquisar sobre a história de San Marino e descobri que o país era uma das repúblicas mais antigas da Europa,

e que escapara ilesa do domínio do general francês que, de tão fascinado pela forma de governo, ainda propôs adicionar ao país um território de brinde. Com base nas descobertas acima, reformulei toda a história, que com o passar dos anos se tornou a versão atual de Romance em San Marino.

Para “Peripécias de uma Estudante de Moda”, me inspirei na minha vivência na época da faculdade. Eu e meus colegas passávamos por tantas situações que só pensávamos “isso poderia render um livro”. E rendeu não apenas um, mas uma série completa, com cada volume equivalendo a um semestre.

Quais são as principais temáticas abordadas na narrativa?

Em “Romance em San Marino” podemos ver conflitos de gerações, discussões políticas e mostrar os diferentes tipos de amor (além do amor romântico, o amor pela família e pela nação permeiam toda a história), além do protagonismo feminino na sociedade.

Já em “Pequeno Lírio, trago discussões sobre como uma criação com parentes tóxicos pode refletir na vida de um jovem adulto.

E mesmo que “Peripécias de uma Estudante de Moda” tenha uma proposta mais leve, gosto de mostrar aos leitores que nem tudo nessa profissão é só glamour. 

Sobre o que é o seu livro?

Resumidamente:

“Romance em San Marino”: um jovem rico e vaidoso pede ajudar de uma professora pobre para aprender mais sobre sua nação. Enquanto o carinho entre eles cresce, uma ameaça à República onde vivem pode colocar a perder tudo o que consideram de mais precioso.

Pequeno Lírio: garota tenta descobrir quem é o seu pai biológico ao mesmo tempo que lida com os sentimentos por seu crush de infância. A questão é: por conta da diferença de idade, será que ele a vê da mesma maneira? E se sim, como lidar com o fato de que o avô dela não o aprova? E pior: será que existe a chance de eles serem meios-irmãos?

Peripécias de uma Estudante de Moda: perrengues de uma garota bolsista, que não sabe nada sobre o mundo da moda, num curso que vai muito além de desenhar modelos de roupa.

Conte um pouco sobre o enredo do livro, resumidamente. E vamos evitar os spoilers. Rs'

Acho que disse tudo na pergunta anterior rss

Conte algumas curiosidades sobre como foi escrever seu livro? Ou seja, fale brevemente sobre o seu processo de criação e ideias para adicionar na história.

Por ser o primeiro, “Romance em San Marino” foi o mais demorado. Tive as primeiras ideias ainda na época do Ensino Médio e, como mencionei antes, minha vontade era fazer uma graphic novel na época. Até comecei a desenhar algumas páginas, mas, por conta da faculdade, acabou inviável continuar com o projeto. Alguns anos depois, decidi transformar a história em prosa e posso dizer que ela ficou mil vezes melhor do que a primeira versão.

Já “Pequeno Lírio” tive a ideia para a história enquanto escrevia uma determinada cena do segundo livro de “Romance em San Marino”. O diálogo da protagonista com uma coadjuvante começou a me trazer várias perguntas à mente: “qual a história por trás desta garota tão séria e introvertida”? Não resisti e anotei várias ideias, mas só fui escrever “Pequeno Lírio” de fato depois que terminei a duologia original.

“Peripécias de uma Estudante de Moda” foi a série que mais tive facilidade e rapidez em escrever, uma vez que eu mesma vivi muitas das experiências acadêmicas que minha protagonista passa. Só tive que fazer algumas adaptações, pois a história de Susana ganhou vida própria.

De onde veio as suas grandes motivações e inspirações para escrever o livro? 

Acho que a necessidade de contar estas histórias e trazer algo ao mundo que eu mesma gostaria de ler.

Qual é a sua maior referência literária? Se houver alguma.

Me identifico demais com a filosofia e as crenças do C.S. Lewis e confesso que ele me influencia na forma como inserir o que acredito em minhas histórias. Também me inspiro muito na maneira como a Cassandra Clare explora as emoções dos seus personagens, acho fantástico como um simples coadjuvante pode ter inúmeras camadas.

Qual é o diferencial do seu livro?

Acredito que meus romances de época são perfeitos tanto para quem ama o gênero, como para quem não curte tanto. Isso porque o enredo tem muito mais que romance: temos aventura, discussões sociais, uma boa dose de drama. Ah, e preciso avisar: nada de hot rsrs.

Já para minha série de comédia romântica, mesmo sendo uma história que gira em torno da moda, eu quis mostrar a realidade de “gente como a gente”, que pega ônibus, tem que se preocupar com cada moeda na hora de pagar as contas e não tem pais endinheirados a quem recorrer. Mesmo em livros que se passam no Brasil, sinto falta de mostrarem mais dessa realidade, que por muitos anos eu mesma vivi. 

Como surgiu o nome para o título do livro? Há alguma curiosidade por trás disso?

“Romance em San Marino” era apenas um título provisório, mas que pegou e depois não consegui pensar em outro melhor. Rsrs

Já “Pequeno Lírio” faz referência a algo relevante na história.

O título “Peripécias de uma Estudante de Moda” surgiu durante uma brincadeira com minhas amigas da faculdade. Passávamos por cada situação que uma das meninas disse que elas dariam um bom livro com esse título. Guardei a ideia no meu coração e decidi tornar aquela proposta em realidade.

Qual público você tinha em mente alcançar quando decidiu escrever o livro?

Gosto de escrever histórias voltadas tanto para adolescentes, quanto jovens adultos, mas que ainda toquem o coração de pessoas mais velhas. 

Qual é o seu objetivo ao decidir escrever e publicar seu livro?

Sempre gostei de criar histórias, mas por muito tempo as guardava só para mim. No final da adolescência senti a necessidade de encontrar mais histórias que unissem romance com aventura, então decidi escrevê-las com a esperança de um dia poder publicá-las. E, bem, agora vocês podem ler.

O que foi mais desafiador ao escrever seu livro?

Acredito que conciliar o tempo da escrita com o trabalho. Escrevi a maior parte dos meus livros enquanto trabalhava fora e muitas vezes não cumpria minha cota de sono para poder colocar os capítulos em dia. Mesmo hoje, trabalhando em casa, ainda sinto dificuldade de separar um tempo para a escrita com tantas coisas a fazer.

Qual parte desse processo desde escrever ao publicar o livro você mais gostou?

Cada etapa tem sua importância, mas receber o feedback das minhas leitoras betas sem dúvida é uma das partes mais divertidas. Amo ler os comentários que elas fazem, especialmente os surtos, e ver como elas reagem a cada cena é um bom termômetro para saber se estou fazendo meu trabalho direito.

O que você faz para enfrentar bloqueio criativo? 

Como sempre trabalhei na área criativa, descobri que, se você tem algo a fazer e um objetivo a alcançar, não dá tempo de sofrer com um bloqueio criativo. 

Simplesmente sento e escrevo, mesmo que fique horrível e precise editar depois. E eu sempre edito, então escrever com ou sem inspiração não faz tanta diferença no final. 

Ter um roteiro resumido de para onde a história vai me ajuda também, pois mesmo que não esteja a fim de escrever determinada cena, posso ir adiantando outra.

Agora se as coisas realmente não fluem, pauso um pouco, faço coisas que gosto para relaxar e depois volto para o texto.

Onde as pessoas podem encontrar e comprar os seus livros, tanto o físico como o e-book?

Vocês podem encontrar meus livros na Amazon, tanto a versão física quanto digital! Todos os e-books estão disponíveis tanto para compra quanto para os assinantes do Kindle Unlimited. 

Em formato físico temos apenas, por enquanto, a duologia “Romance em San Marino”, “Pequeno Lírio” e o primeiro da série “Peripécias de uma Estudante de Moda”.

Agora se você curte um exemplar autografado e com dedicatória, ainda tenho alguns exemplares de “Pequeno Lírio” aqui comigo. Quer um? Entra em contato comigo!

Qual dica você pode deixar para autores nacionais iniciantes?

Estude, estude e estude. Técnicas de narrativa, regras gramaticais (não se confie apenas nos revisores) e principalmente marketing para divulgar seus livros.

Você tem novos projetos em mente? Quais são esses projetos?

Estou trabalhando num spin-off da série “Peripécias de uma Estudante de Moda”, mas no futuro quero escrever uma distopia e mais histórias com aventura.

Para finalizar. Deixe os seus agradecimentos.

Agradeço a todo mundo que leu até aqui! Vocês são uns queridos. Convido todos que gostaram das propostas dos meus livros a darem uma espiada na Amazon e, se quiserem, acompanhem um pouco do meu dia a dia no Instagram.